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Tropos: Chiaroscuro, Desleixo Vilanesco, Homem Bem-Vestido, Escuro É Do Mal, Ser Gângster é Top
Não é um tropo: Sentado em uma cadeira

"Apesar de não interferir na trama, Nanoha (de Lyrical Nanoha) é canhota."
Exemplo da página removida "Todos São Canhotos"

Tropos são convenções usadas em narrativas para repassar à audiência algum tipo de informação. Mas quando um personagem faz algo tão trivial quanto sentar em uma cadeira, isso é apenas algo que acontece normalmente durante uma história. Não se pretende que o ato de sentar em uma cadeira tenha algum sentido oculto. Não é uma convenção estabelecida. Ou seja: Não é um Tropo.

Note que a crítica aqui não é simplesmente que a ideia seja "comum demais" ou "muito ampla" para ser um tropo. Nenhum Tropo É Comum Demais; existem alguns clichés e Tropos Onipresentes que aparecem muito frequentemente na ficção — tanto quanto cadeiras — mas ainda assim estes são meios de se contar uma história. Por exemplo, existe O Sofa, que é algo em que personagens sentam, mas que tem um propósito que é relacionado com o diagrama visual dos cômodos na televisão. De maneira similar, uma ideia ainda pode ser como "sentar em uma cadeira" mesmo que quase nunca aconteça; por exemplo, devem existir apenas três ou quatro obras de ficção onde uma pessoa passa pela Rua Jameson, mas a não ser que o nome tenha, na história, alguma relevância mais do que ser apenas o nome da rua, ainda é só uma "cadeira"; não existe padrão ou conexão significativos entre estes trabalhos e o nome da rua por si só nada diz sobre a obra.

Um bom sinal de que uma ideia é uma "cadeira" é se o tropo, caso seja executado como usual, não tem efeito na narrativa, não tem significado, e não muda como a obra é percebida. Se você não consegue imaginar isto sendo usado para avançar a trama, dar vida a um personagem, adicionar detalhes na narrativa, ou mudar como os personagens interagem, existe uma boa chance de você apenas estar pensando em algo que acontece bastante nas narrativas, e não um tropo.

De fato, pessoas sentando em cadeiras podem caracterizar um tropo se existe esse elemento extra, essa conexão significativa, para reconhecer. Por exemplo, a cadeira pode ser impossivelmente irada, o que te dá uma ideia de quem possa ser a pessoa que a usa. Ou a cadeira pode ser uma Super Cadeira de rodas com mil e uma utilidades. Ou na primeira vez que encontramos um personagem, ele pode estar de costas para a plateia até que ele se vira na cadeira. Ou ele pode estar em uma cadeira que é de outra pessoa. Ou o Malvadão pode estar recostado na cadeira, exalando pura maldade. Ou a cadeira pode ser suspeita pelo fato de estar vazia. Todos esses exemplos são tropos reais envolvendo uma cadeira e alguém sentando (ou não) nela. Mas o que faz esses exemplos serem tropos é que existe algo significativo para os personagens na história usarem a cadeira assim.

O melhor meio de ilustrar como "sentando em uma cadeira" não é um tropo é mostrar a situação em que poderia ser um tropo. Esse tempo todo nós estivemos supondo que todos os humanos sentam em cadeiras, o que pode não ser o caso; uma das básicas divisões antropológicas da Vida Real é entre pessoas que sentam no nível do chão (e.g. em um carpete, tatame, almofada, ou diretamente no chão mesmo) e pessoas que sentam acima do nível do chão (i.e. em uma cadeira). Se um personagem dentre os que está no chão não compreende cadeiras — eles não sabem para quê serve uma cadeira, ou a usam de maneira incorreta/estranha — talvez haja um tropo mais ou menos no sentido de "Não Compreende Cadeiras". Mas você teria que mostrar que:

  1. A falha no entendimento de cadeiras carrega significado na história;
  2. Acontece vezes suficientes em diferentes obras para que seja um padrão reconhecível; e
  3. Seja uma mudança distinta do comportamento usualmente esperado, e é por isso que percebemos — já que todos compreendem cadeiras, existe significado se um personagem não compreende.

Consultar também Consistência (para o outro aspecto que define um tropo).

Sem exemplos aqui, por favor. Eles não são necessários.

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