Às vezes, as cortinas são simplesmente azuis.
Há momentos em que obras se apoiam muito no simbolismo, tomando nota de coisas que aconteceram na história, textos religiosos e outras coisas. Símbolos podem adicionar considerável profundidade a uma história, fazendo com que o público volte para analisar a obra que tanto amam. Isso também cria oportunidades para que o público veja como tal símbolo se relaciona aos elementos da trama ou aos temas abordados. Muitas obras famosas tiveram êxito ao usar simbolismo religioso, ganhando a aclamação do público.
Por causa disso, criadores menos experientes podem tentar encaixar alguma medida de simbolismo em uma história com a esperança de que o público a leve a sério, quando na verdade o evento em questão pouco tem a ver com o símbolo. É neste ponto que este tropo entra: quando o criador decide simplesmente inserir uma referência histórica ou religiosa em uma cena apenas porque sim. Talvez o criador tenha interpretado erroneamente a mensagem que o símbolo carrega, talvez o criador quisesse que sua obra fosse levada a sério tal qual Verdadeira Arte, ou o criador apenas queria que a cena ficasse bacana.
Isso é especialmente problemático quando, em adição ao simbolismo forçado, o autor coloca junto simbolismo que faz sentido e é bem-pensado de fato. Se uma obra assim se torna popular, isso usualmente resulta em uma base dividida onde um grande grupo analisa a obra em excesso (para tentar encontrar significado para o simbolismo legítimo e o simbolismo forçado) ou analisa superficialmente (pois se parte do simbolismo não faz sentido, então todo ele não faz sentido).
Nem todas essas referências são arbitrárias; este tropo se aplica especificamente quando alguém adiciona simbolismo aleatório como um toque extra para adicionar sentido e profundidade (ilusórios) à obra. Comparar o seu protagonista com o Diabo ou Jesus é popular; a segunda comparação pode ser facilmente feita dando as iniciais 'JC' ao seu personagem.
Esta técnica é particularmente popular no anime, porque japoneses possuem familiaridade superficial com o Cristianismo (o que torna seus simbolismos reconhecíveis mas ainda assim exóticos) e com alguma frequência usam nomes ou apócrifos com pouca preocupação com o significado completo. E, naturalmente, as produções ocidentais possuem pouca familiaridade com as filosofias orientais (por exemplo, o Karma, ou Yin e Yang, que frequentemente são confundidos com O Bem e O Mal).
No entanto, esteja atento que este tropo é geralmente usado não para apontar o uso de simbolismo forçado, mas para encerrar discussões sobre o que podem ser observações legítimas; você talvez não compreender ou não gostar determinado simbolismo não altera o fato de o simbolismo ser ou não forçado.
Em outras palavras, qualquer coisa pode ser considerada simbólica com o ponto de vista adequado. Existem artigos e ensaios acadêmicos sobre simbolismo em obras de arte onde na verdade nenhum simbolismo existe ou foi pretendido (ver O Senhor Dos Aneis e Segunda Guerra Mundial) e alguns artistas até chegarão ao ponto de declarar que a própria obra tem simbolismo quando na verdade eles não pensaram a respeito (eles podem ou não legitimamente acreditar nisso). Se você não tem certeza de que o "simbolismo" tem algum sentido real, tente investigar mais a fundo ou levantar isso em discussão.
Comparar com Jesus Dragao De Cristal, Todo Mundo é Jesus no Purgatório e Mundano Tornado Incrivel.
Contrastar com Regra Do Simbolismo, quando algo de fato é simbólico. Não confundir com uma caça simbólica aos "easter eggs" onde o escritor, diretor e time de produção inserem de propósito vários pequenos elementos que carregam sentido, cuja compreensão não é necessária para apreciar a trama, mas que geram discussão entre fãs e adicionam valor em assistir de novo.