Han Solo: Não é assim que a Força funciona!
Resumindo: Magia X é Magia X. Magia Y é Magia Y. Magia X não é o mesmo que Magia Y.
Trabalhos com presença pesada de elementos especulativos, como Ficcao Cientifica e Fantasia, muitas vezes têm uma variedade de elementos intangíveis fantásticos que nem sequer sonhamos em encontrar na Vida Real — mas que agem de maneira completamente consistente, como se fossem governados por regras imaginárias da física; ou pelo menos, fazem sentido se o autor sabe o que está fazendo. Não importa quão fantásticos sejam os eventos em uma ficção: sua Consistência Interna é o que mantém ou quebra a Suspensão Voluntária da Descrença. Você pode fazer com que o técnico da resistência explique em termos estranhos envolvendo a palavra "nano" o porquê da super arma de pó-de-pirlimpimpim do império precisar de uma hora para recarregar após a ativação, e o público acenará coletivamente com a cabeça e sorrirá; mas se mais tarde você mostrar aquela super arma disparando duas vezes seguidas, você acabou de criar um Plot Hole e todo mundo vai querer sua cabeça.
A consistência interna costuma ser uma alternativa superior à tentativa de explicar cientificamente todos os elementos fantásticos da história. Sem ele, qualquer instância degeneraria rapidamente em Muita Informacao de quase-física e pseudociência.
Em um tropo relacionado, uma resposta comum dos fãs de uma série de fantasia a furos no roteiro é: "Vocês estão falando sobre uma história que envolve, literalmente, mágica". A questão é que, dentro do contexto da história, isso por si só não explica automaticamente todas as contradições dessa história. Usar a mera existência de elementos de fantasia em uma história para justificar erros de continuidade seria exemplo de Foi Um Mago Quem Fez.
É possível quebrar a consistência sem danificar a Suspensão Voluntária da Descrença. Mas dá trabalho; basicamente, o trabalho de justificar de forma verossímil que a violação não aconteceu do nada. Uma das formas é fazer com que os próprios personagens percebam a inconsistência; isso apenas reforça que "é" incomum e há de haver uma explicação para isso em algum lugar. Se nenhuma acaba sendo oferecida, pelo menos relega um Plot Hole gritante a uma mera Lógica de Geladeira. Por outro lado, manter a história excessivamente restrita às regras pré-elaboradas pode causar seus próprios problemas, como estagnação ou complexidade ao ponto de você perder a funcionalidade. Afinal, se a Magia é realmente tipo uma ciência, então a teoria provavelmente estará errada algumas vezes e terá que ser revisada da mesma forma que a ciência da Terra.
Relacionado a Magia No Contexto Errado, quando alguém explicitamente tem a capacidade de contornar as regras da magia, Ritos Diferentes, onde há mais de um tipo de magia, cada qual com suas próprias regras, e Sua Magia Nao Funciona Nestas Bandas, onde as regras da magia mudam em uma dimensão ou mundo diferente. Veja também Além do Impossível, onde a lógica interna é deliberadamente quebrada. Se as regras são as mesmas que governam a física real, mas a fonte de energia e os métodos são diferentes, isso é Feiticaria Cientificamente Compreensivel.
Veja também Física de Minovsky, que é uma física fictícia com leis extremamente detalhadas que fazem com que pareça física real, bem como Legal Da Regra. Contraste Magia No Contexto Errado e Nossa Que Incientifico; também contraste Segregacao De Historia E Jogabilidade, que é uma categoria inteira de violações notoriamente comuns de videogame desse tropo.
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